quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Papos de Delegacia...

Um policial fala para o outro:
_ Tem alguma comida aqui para doar? É que tem um preso lá na cela que está desde ontem sem comer. O coitado já tá com o estômago abraçando a barriga de fome!
O outro responde:
_ Hummm... Que crime ele cometeu?
O primeiro policial diz:
_Furto.
Então o segundo argumenta:
_ Tá, pode pegar então! Tem pão e um pouco de refrigerante.

Moral: Furte, mas não mate, senão você não come!
kkkkkkkkkkkkkkkk....

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Histórias da Delegacia - Parte 1

Hoje vou deixar os sentimentos amorosos um pouco de lado e falar de outros tipos de sentimentos. Na verdade não só um pouco, porque o assunto é sobre a (quase) falta deles.
É uma série de acontecimentos que ocorrem diariamente no meu ambiente de trabalho: A Delegacia!
Aparecem vários tipos de casos, os quais vão de tristes a hilários, mas agora não quero falar dos tristes, pois hoje foi um dia de serviço muito bom!

(Pausa: Dia bom é considerado, para a maioria dos estabelecimentos prestadores de serviço, comerciais, etc., como aquele dia no qual quanto mais pessoas aparecem em busca da oferta proposta, melhor será para todos os funcionários, donos e tal, certo? Em uma Delegacia, esse valor é inversamente proporcional. Dia bom é aquele no qual não aparece sequer uma alma viva! Amém!).

Pra não mudar muito o rumo da conversa, vamos ao que interessa!
Há aproximadamente duas semanas atrás tive que registrar um B.O. contra um rapaz maior de idade que estava se relacionando com uma menor. A mãe dele compareceu à Delegacia para denunciá-lo, pois segundo ela, o casal mora em um barraco localizado nos fundos de sua residência e ambos são usuários de drogas, além do fato de que também praticam vários roubos e brigam frequentemente (pra não dizer todos os dias). A mãe do tal rapaz relatou que não aguentava mais aquela situação porque as brigas eram intensas e quase sempre havia facas no meio delas. O rapaz batia muito na garota e a mãe dele estava com medo de que ele a matasse. Pois bem. A Delegada, com toda autoridade que lhe é devida, mandou que os agentes buscassem o casal em casa para que fosse feito o procedimento.
Quando chegaram, depois de toda a conversa, sentei para fazer o registro, constando como crime a Lei Maria da Penha. Comecei com as qualificações e finalmente cheguei ao histórico, perguntando o que tinha acontecido. Eis que então a menor, na tentativa de defender o rapaz, pois estava praticamente sendo obrigada a se caracterizar como vítima de acordo com a vontade dos pais, me diz que não foi ele quem bateu nela e sim umas “vadias” da rua.

(Adendo: Mulher é mesmo um bicho besta! Não importa a idade, mas a impressão é que quanto mais eles batem, mas elas gostam, aceitam e não querem os deixar. É a famosa mulher de malandro, “Ele me espanca, mas eu gosto!” Incrível isso, mas...).

Enfim, depois de toda a irritação que a “fulaninha” causou em nós (em mim, na Delegada, nos Agentes, pois ela estava rindo e curtindo com a nossa cara), como não atingiu a maioridade ainda, ela não tinha que querer ou deixar de querer nada. O procedimento foi feito mesmo assim e o namorado ficou como autor dos fatos, pois a mãe dele mesmo era a maior testemunha. O caso foi passado para ser investigado e virou um Inquérito Policial, como de praxe.
Nesses dias, a escrivã que toma conta dos Inquéritos estava de férias e houveram vários casos registrados e repassados, apenas aguardando pela sua volta a fim de que fossem iniciadas as investigações (uma média de 15 em 10 dias!!!).
Ontem ela retornou ao trabalho e quase enlouqueceu quando viu aquele tanto de coisa em cima da mesa dela. No final da tarde, recebi a notícia da morte desse tal rapaz, ocorrida no domingo quando ele voltava pra casa e foi abordado por alguns motoqueiros que o esfaquearam.
Portanto, na tentativa de alegrar a minha cara colega de trabalho, me dirigi até a sua sala e falei com certo ar de empolgação: “Tenho uma ótima notícia pra te dar!!!”. Ela abriu um sorriso e perguntou qual era essa notícia tão boa. Então eu disse mais empolgada ainda: “Você tem um Inquérito a menos para investigar, ou seja, menos pessoas pra ouvir, porque o autor de um deles morreu no domingo!!!”. Ela para, me olha por um instante e diz: “Meu Deus, a que ponto chegamos?! Carol, nesse pouco tempo que você está aqui e já está com esse pensamento? Que frieza!”. Eu, com a minha inocência, pensei por alguns segundos e falei ruborizada e meio sem-gracinha: “Nossa....nem me dei conta do que falei!” De repente, ela e o Agente Policial que também estava na sala começaram a rir da minha cara e eu me desculpei por ter trocado meu coração por um pedaço de gengibre (como diz um amigo muito querido).
Deixo claro que eu não fiquei feliz por causa da morte dele. A minha intenção era amenizar o stress da minha colega, né?! Mas, eu falei sem pensar e acabei falando demais, pra variar! (Ou então realmente estou ficando mais fria, pra algumas circunstâncias, pelo menos...).

É aí que entra a (quase) falta de sentimentos. Concluindo, a moral da história é a seguinte: Trabalhar na Delegacia é assim. A gente esquenta a cabeça e esfria o coração! Involuntariamente, diga-se de passagem.

Acho que tô ficando assim: metade gelo, metade fogo... =x

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Sobre as auto-sabotagens...

Acreditar, confiar, se entregar... E começa tudo de novo! O ciclo vicioso não tem fim!
Na verdade pensei que já estava vacinada contra essa síndrome depois de quebrar a cara tantas vezes... Achava que tinha acionado todos os meus mecanismos de defesa, mas ela achou uma brecha e conseguiu atravessar as barreiras impostas por mim mesma. Auto-sabotagem? Parece que me enganei de novo. A gente não pode prever essas coisas.
O que fazer então? Não sei! Se eu soubesse com certeza não estaria nessa situação!
Eu tenho uma estratégia muito eficaz na arte da auto-sabotagem. Me coloco em em circunstâncias nas quais eu sei que vão me causar frustração, angústia, tristeza ou qualquer outro sentimento desses que eu não precisaria sentir, tudo em nome do meu romantismo incurável.
Preciso desesperadamente ouvir um "sim", um "não", mas nunca um "talvez". Ficar na dúvida é tão cruel quanto roubar pirulito de criança. Não gosto de permanecer no acaso. O casual não me atrai. Então porque cargas d'água eu me permito a vivenciá-lo? Carência demais? Pode ser.
Eu sou um rio de sensibilidade. E não é qualquer rio não, é o Amazonas inteiro! Quando minhas vontades transbordam, ninguém me segura, meus limites somem e a ilusão vai se se aproximando, devagarzinho, sorrateiramente... Mas eu não quero viver de ilusões. Não mais! Ilusão causa decepção.
Então qual é o segredo para acalmar o coração?
Quem souber, peço encarecidamente que me fale!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Divergências...

Eu me sinto como uma página em branco
Prestes a ser escrita,
Com borrões espalhados
Por toda minha extensão.

Marcas, enfim...
Bordam em mim
Imagens sem fim...

Impressões coletadas
Através do conjunto
Do que se é...

Vida frenética...
Orgástica...
Caótica...

Cansei de ser
De verdade,
De ver dádiva,
De ver...
Ser...
Estar...

Agora apenas
Fingir...

Eu não consigo ser eu mesma perto de você...

Divergências!