Eu conheci a falsidade de perto. Ela tem nome e sobrenome. Dormimos juntas por algum tempo... Tempo suficiente para criar laços e maiores
intimidades. Eu não sabia que ela era tão sorrateira. Inocente, fiz dela meu
amor, acreditei em suas doces e enganosas palavras. Mas não só nas palavras, a
falsidade tem um jeito muito convincente de demonstrar suas atitudes. Ela
domina elegantemente o jogo da manipulação. Não titubeia, não tem escrúpulos, é
destemida de qualquer peso que possa vir a cair em seus ombros. Pergunto-me se
ela tem consciência. Imagino que não! Travo uma batalha comigo mesma no intuito
de ao menos tentar compreender o porquê de tanta perfídia. Em vão... Algumas
coisas simplesmente não têm explicação. Ela me ludibriou, me arrasou como um
tsunami. Conseguiu acabar com o resquício de esperança que ainda restava dentro
desse coração. Dói ser iludida. Desenganada, então, volto para minha solidão.
Como é difícil acreditar novamente. Sinto que não há mais espaço para superação.
Fraqueza? Não! É falta de vontade mesmo. A falsidade está sempre por perto e
ainda não consigo olhar em seus olhos com indiferença. Os olhos são a porta da
alma, creio que ela não tenha uma. A falsidade é desprovida de coração e sem
coração ela jamais conhecerá a verdade. E que verdade poderia haver dentro de
tamanha falsidade? Nenhuma! Eu conheci a falsidade de perto, fiquei com a raiva e paguei o preço da
decepção.
domingo, 12 de outubro de 2014
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