segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Cores...


Por tanto tempo sonhei em cores
e agora descobri que tudo se resume em preto e branco:
Preto o meu pesar;
Branco aquele olhar...
Nada é para sempre!

Solidão é a estrada mais escura,
Não há estrelas e nem mesmo a lua
Apenas sombras de um passado incolor...

Respiro, transpiro, suspiro...
Até que me falte o ar
Por um instante, então, inspiro
E assim volto a sonhar...

Preto no branco;
Branco no preto
Sonhos coloridos vêm me iluminar!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Calos??!?!


De acordo com a dermatologia, "um calo é uma área dura de pele que se tornou grossa e rígida como uma resposta a repetidos contatos e pressões"¹, ou seja, o calo é uma resposta da pele a um traumatismo constante.
Ele engrossa para se tornar mais resistente à essas pressões e, à medida em que é exposto novamente à causa pelo qual se formou, age como uma proteção, impedindo-nos de voltar a sentir tanta dor quanto da primeira vez em que nos machucamos.
Hoje, ao acordar, olhei para minha mão esquerda quando me deparei com uma pequena saliência na ponta do dedo indicador. Lá estava ele: branco e dolorido! Um calo que se formou graças à minha insistência em querer aprender a tocar samba; calo este o qual carinhosamente dedico a Noel Rosa, Clara Nunes, Cartola, entre outros grandes nomes da música brasileira que vêm me acompanhado durante dias e noites. (Obrigada!!!)
Mas essa minúscula couraça, tão almejada pelos músicos, me fez pensar nas inúmeras vezes que criamos escudos para nos proteger dos amores fracassados, das amizades perdidas, do sofrimento indesejado... Encapsulamos nosso coração, criamos barreiras intransponíveis, enfim, fazemos tudo para evitar que o ciclo de decepções contidas em nossas vidas volte a recomeçar, pois ao que parece, ele nunca chega ao fim.
Acho que deveríamos agir como a pele: ao nos sentirmos ameaçados, podemos sim usar todas as nossas barreiras de proteção para amenizar a dor; mas diferente do calo, que some sem deixar marcas, precisamos carregar as nossas, a fim de lembrarmos sempre das lições aprendidas em cada experiência que vivemos no auge da paixão!


quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Indiferença...


Indiferença
indiferente
sem essência
tão ausente
descontente
de repente
nem se sente
está presente...

Chega perto
assim tão certo
e me deixa assim sem jeito
me aperta o peito...

Eu fico corada
sem palavras
tão calada
tão parada
como estátua
em silêncio
ao relento...

Sinto um vento frio
e então num arrepio
o meu corpo treme todo
não desisto
eu insisto...

vai embora
nao me amola
vou ficar comigo mesma
e comigo só ficar...

não vou pensar
não vou falar
não adianta nem tentar
o nosso caso acaba assim
eu sem você
você sem mim
indiferente até no fim!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

"Ah! Isto sim é que é falar!!!"


Então o silêncio prevaleceu...
E todos os ruídos que lhe perturbavam se foram...

Sentiu vontade de gritar...

Não tinha mais para onde fugir...
Não tinha mais amor para dar...

Procurou nas entrelinhas
Algo que pudesse lhe servir;
Não tinha mais amor,
Mas não podia assim partir

Queria uma nova vida recomeçar...

Não sabia o que sentia...
Só gostaria de tentar...

Resolveu que não mais se importaria
E com um sorriso no olhar
Gritou ao mundo inteiro:
- "Ah! Isto sim é que é falar!!!"